PROJETO NACIONAIS #1: AUTO DA COMPADECIDA, Ariano Suassuna

"Valha-me Nossa Senhora,

Mãe de Deus de Nazaré!

A vaca mansa dá leite,

a braba dá quando quer.

A mansa dá sossegada,

a braba levanta o pé.

Já fui barco, fui navio,

mas hoje sou escaler.

Já fui menino, fui homem,

só me falta ser mulher.

Valha-me Nossa Senhora,

Mãe de Deus de Nazaré."

Sinopse: O "Auto da Compadecida" consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas. Apresenta na escrita traços de linguagem oral [demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste. Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro".

ISBN-13: 9788520925294

ISBN-10: 8520925294

Ano: 2015 / Páginas: 256

Idioma: Português 

Editora: Nova Fronteira

Edição especial revisada pelo autor

O livro é em formato de peça de teatro, visto que foi para esse fim que a obra foi concebida. Mas, felizmente, temos a adaptação cinematográfica (que eu adoro) e a não muito tempo atrás também pude ter essa edição primorosa da Editora Nova Fronteira, em capa dura, com ilustrações e as considerações do próprio Ariano Suassuna.

Como geralmente acontece, as adaptações são mais romanceadas para incrementar o texto original, e em Auto da Compadecida não é diferente. Existem personagens e vários elementos que condizem com a peça, mas muitas coisas diferem e muitas coisas são inventadas também e inseridas, até mesmo pro filme ter mais tempo de duração.

O filme vale tanto a pena quanto a leitura do original e, como li depois de já ter assistido, tive a nítida impressão de ouvir a voz dos atores enquanto eu lia e percebi que a escolha desses atores casou muito bem com os personagens criados pelo Ariano.

A história fala sobre uma pequena parte do que Chicó e João Grilo passam enquanto tentam "passar a perna" em outros personagens tentando promover o enterro de um cachorro com o padre realizando a cerimônia.

Temos um texto simples, cômico e cheio de sátiras e regionalismos nordestinos e com inspiração em obras menores e de menos repercussão que enriquecem o leitor. Sem falar no jogo de cintura que os personagens principais têm e que faz com que escapem das situações mais inusitadas como, por exemplo, um julgamento entre o Céu e o Inferno.

"Não troco o meu "oxente" pelo "ok" de ninguém!"

- EMPRESTAR OU NÃO EMPRESTAR, EIS A QUESTÃO.

E é com essa citação (existe alguma melhor?) que eu começo esse desabafo sobre o dilema que é, pra mim, emprestar os meus queridinhos.

Sei que posso até parecer egoísta, e talvez seja mesmo, mas as pessoas não imaginam o aperto que me dá no coração quando alguém me pede algum livro emprestado. Não gosto nem que entrem muito no meu quarto pra não olharem e acabarem pedindo algum.

E o suplício de emprestar e ficar esperando a devolução??? Nossa! Eu quase infarto.

Sem falar nos traumas que sempre acontecem em alguma medida. Por exemplo, tenho trauma de emprestar livros para colegas de trabalho. Motivos:

ACADEMIA DE VAMPIROS #1 - O BEIJO DAS SOMBRAS, Richelle Mead

Então pessoal... Eu pensei em fazer um resumão de cada livro em um post só, mas vi que não ficaria muito legal, até porque os livros da Richelle são bem ricos em detalhes e o enredo em si costuma ter uma trama bem feita mesmo tendo uma linguagem de fácil compreensão.

Resolvi colocar um pouco de cada livro em posts diferentes e aqui nesse primeiro tem algumas informações úteis pra entender um pouco da história (vou colocar o link desse primeiro em todas as outras resenhas da série). Como sempre, não vou falar muitas coisas sobre o enredo por ser uma série e pra não acabar soltando spoilers.

Alguns esclarecimentos:

O universo dessa história é comum com elementos sobrenaturais. Existe uma Academia (como o próprio nome já diz), e nessa escola estudam em tempo integral vampiros que fazem parte de famílias da realeza (e um ou outro que não faz parte) e os dampiros, que são os guardiões do clã dos Moroi.

Existem dois clãs:

• os Moroi são vampiros VIVOS - eles precisam de sangue para viver mas não matam para saciar a fome. Possuem um "banco de doares", ou seja, seres humanos que se prontificam a oferecer o sangue por causa do "benefício" que a mordida de vampiro muitas vezes causa. Quando um vampiro morde, ele libera endorfina no organismo do doador e isso acaba causando o vício. E, para quem quer viver fora de órbita, nada melhor que ser cuidado da melhor maneira possível e ter o vício saciado só para dar um pouco de sangue em troca.

• os Strigoi são o clã rival dos Moroi. Eles, são vampiros MORTOS, o que quer dizer que eles se transformaram por causa da morte de alguém para obter poderes maiores e imortalidade. A rivalidade consiste no seguinte: eles podem beber do sangue de qualquer um mas é o sangue dos Moroi que causa saciedade completa. Logo, os Moroi lutam para sobreviver à todo custo e contam com a ajuda dos dampiros para isso.

Um dampiro é um híbrido fruto de um relacionamento de um vampiro Moroi com uma humana. Da mesma forma, quando um vampiro copula com uma dampira, o fruto também é um dampiro (parte humana e parte com poderes vampíricos).

O Strigoi não podem sair ao sol. Os Moroi têm resistência por não serem mortos, mas mesmo assim o sol ainda os castiga um pouco e não podem se expor por muito tempo.

Os dampiros tomaram para si a tarefa de proteger os Moroi porque deles depende a continuação da raça de dampiros (já que eles são mistura de Moroi com humanos). Por serem híbridos, podem andar ao sol sem problema algum, mas os que são guardiões acabam adotando hábitos noturnos conforme os hábitos de seus protegidos.

Vamos ao livro #1?

EU, ROBÔ, Isaac Asimov.

LEI Nº1: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.

LEI Nº2: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.

LEI Nº3: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.

Eu, Robô trata-se de um dos clássicos da ficção científica e contém um compilado de 9 (nove) contos que Isaac Asimov escreveu e publicou separadamente quando começou a se aventurar no mercado literário publicando em revistas científicas.

Só depois de ter escrito algumas vezes que uma pequena editora se interessou em juntar esses contos e editar um volume único de forma a interligar as histórias, e assim foi feito.

Asimov nos apresenta as 3 Leis da Robótica que regem o comportamento de todos os robôs, e esses contos são narrados a partir de um entrevista da Dra. Susan Calvin, Psicóloga roboticista, que conta alguns episódios (nos quais teve participação ou não) ocorridos ao decorrer dos anos trabalhados, com exceção de um deles, que aconteceu quando ela ainda não era formada.

De maneira geral esses eventos relembrados pela psicóloga só são dignos de nota justamente pelos conflitos gerados nos robôs por conta de uma ou outra Lei e, por ser a pessoa habilitada, era a ela que cabia (sempre que possível) encontrar a fonte dos conflitos e resolver o problema da melhor forma.

"Houve um tempo em que o homem enfrentou o universo sonho e sem amigos. Agora ele tem criaturas para ajudá-lo; criaturas mais fortes que ele próprio, mais fiéis, mais úteis e totalmente devotadas a ele."

A leitura é super rápida mesmo com tantos termos a que eu não estava acostumada (por nunca ter lido muito sobre ficção científica, muito menos se tratando de robótica) e eu me peguei lendo bem poucas páginas por dia pra prolongar o meu tempo com esse livro.

Leve, irônico, inteligente e completamente a frente do seu tempo, esse livro me fez ter vontade de ler tudo o que esse homem escreveu, e eu já adicionei outras obras dele à minha wishlist.

O CORCUNDA DE NOTRE DAME, Victor Hugo

Quem nunca ouviu falar de Quasímodo?

✩✩✩✩✩ ❤
Victor Hugo escreveu esse romance com o intuito de ressaltar a importância da Catedral de Notre Dame e uma forma de buscar a preservação da mesma.

E quem diria que uma forma de protesto poderia se tornar um clássico da literatura mundial e que seria aclamado por tantos anos depois?

Temos Esmeralda, uma moça que foi criada por um grupo de ciganos desde bebê, e tem esse nome por carregar sempre pendurado consigo um cordão com um saquinho verde do qual ela não se separa nunca. Ela tem como companheira Djali, uma cabra amiga e parceira nas apresentações que faz para arrecadar algum dinheiro.

Quasímodo, nosso querido Corcunda, ao contrário de Esmeralda que foi admirada e atraída por todos desde criança por conta de sua graça e beleza, foi abandonado por aquela que o gerou assim que nasceu, e desde sempre se viu apontado e rejeitado por todos os que colocaram os olhos sobre ele.

Claude Frollo foi quem o acolheu ao ser deixado à porta de Notre Dame. Contudo, por causa das suas deformidades,  o Corcunda viveu recluso nas paredes da catedral durante toda a sua vida, e fez de Notre Dame o seu lar. Por causa dessa reclusão, ele desenvolveu um certo instinto de ferocidade e lealdade ao mesmo tempo. Ferocidade contra todos que dele zombavam, e lealdade a Frollo, aquele que sempre cuidou dele a despeito da sua aparência.

O Corcunda de Notre Dame (ou Notre Dame de Paris) é uma história que mostra o amor de diferentes pontos de vista, não só no que tange aos personagens acima, mas também aos que não foram citados. Vemos o embate entre as vontades do homem contra os "desígnios" de Deus; questões filosóficas e pensamentos e questionamentos intricados, entre outros conflitos, além de oferecer um deleite para quem aprecia uma boa leitura.

SINOPSE:

Na Paris do século XV, a cigana Esmeralda dança em frente à catedral de Notre Dame. Ao redor da jovem e da igreja, dançam outros personagens inesquecíveis - como o cruel arquidiácono Claude Frollo, o capitão Phoebus, a velha reclusa Gudule e, claro, o disforme Quasímodo, o corcunda que cuida dos sinos da catedral. Com uma trama arrebatadora, que tem a cidade de Paris como bem mais do que um mero pano de fundo, Victor Hugo criou um dos grandes clássicos do romantismo francês, de leitura irresistível.

Essa Edição Comentada e Ilustrada inclui tradução, apresentação e notas de Jorge Bastos Cruz e mais de 50 ilustrações originais.

DADOS TÉCNICOS:

ISBN-13: 9788537810880
ISBN-10: 8537810886
Ano: 2013 / Páginas: 496
Idioma: Português 
Editora: Zahar

PRÊMIO DARDOS

Já estava devendo esse post há um tempinho e hoje vim contar que o blog foi indicado para o Prêmio Dardos e eu não poderia estar mais feliz com isso! :)

O Prêmio Dardos Bloggers é um selo virtual criado em 2008 pelo escritor Alberto Zambade do blog: Leyendas de El Pequeño Dardo El Sentido de Las Palabras e a ideia dele foi selecionar e indicar o selo para quinze blogs que considerou merecedores do prêmio, sendo que estes indicaram outros quinze, e assim sucessivamente. Tal prêmio tem como objetivo reconhecer os esforços dos blogueiros, transmitir princípios culturais, literários, éticos, pessoais, etc.

Para indicar os blogs, é preciso seguir algumas regras:

- indicar os blogs que preencham os requisitos acima para receber o prêmio;

- exibir a imagem do selo;

- mencionar o blog que recebeu a indicação e inserir o link dele;

- avisar o blog escolhido.

Os blogs que me indicaram foram Amor por Livros e Quanto Mais Livros Melhor. 

Os blogs que eu indico são:

- Amor por Livros;

- Quanto Mais Livros Melhor;

- Leitora Cretina;

- Meros Devaneios;

- Palácio de Livros;

- Books & Impressions;

- Meu Vício em livros;

Minhas indicações não chegaram na marca dos 15 mas, conforme forem aparecendo outros que eu goste tanto, vou incluindo aqui na listinha.

Obrigada mesmo! ♥♥♥

SÉRIE MAZE RUNNER, James Dashner.

Então... Finalmente li a Série Maze Runner e lá vão as minhas breves considerações sobre os livros e sobre a edição da V&R. Não vou me deter em descrever o enredo porque acredito que a maioria já conhece a base da história e pra não dar spoliers, já que é uma série. (Clique nas fotos para ler a sinopse)

Sobre a edição: as capas são lindas, mas a V&R deixou muito mesmo a desejar na revisão, principalmente do último livro (Ordem de Extermínio). Sinceramente me irritou muito ver erros grotescos seguidos sem nem muitos intervalos de uma página a outra. Um maior cuidado nessa parte teria tornado a leitura mais prazerosa se eu não tivesse o fluxo interrompido em cada erro.

Antecipo que achei a escrita do Dashner muito ruim e muito simplória e chata no primeiro livro (talvez tenha sido falha na tradução), mas depois de um (bom) tempo, eu me acostumei e consegui prosseguir na leitura com mais facilidade.

 Livro 1 - Correr ou Morrer ✩✩✩

Pra mim esse livro começou bem ruim. Talvez por ter assistido ao filme e ter achado bem superior no quesito "ação", mas o primeiro volume da série só veio me prender já do meio para o final, me deixando na expectativa para o segundo livro.

Pra quem ainda não sabe, a história dessa série começa com um grupo de crianças e adolescentes que estão confinados num Labirinto, sem ter lembrança nenhuma da vida anterior ao dia em que foram confinados.

O único objetivo é sobreviver para sair desse lugar, quando duas novas pessoas aparecem: um menino, Thomas, seguido de uma garota, Teresa. E depois que eles chegam, as coisas começam a tomar um rumo diferente para os meninos.

*

Livro 2 - Prova de Fogo ✩✩✩✩✩

Depois de acreditar que todas as suas aventuras e perdas passadas no haviam acabado, os Clareanos percebem que, na verdade, o Labirinto foi apenas uma parte dos testes e avaliações a que estavam sendo submetidos.

Uma série de coisas estranhas estão acontecendo e os personagens encontram-se trancados, sem comida, cercados por Cranks sem saber o que o futuro reserva e sem imaginar aonde tudo aquilo vai levar.

É quando finalmente recebem a visita de um estranho que informa que eles estão prestes a participar da segunda fase dos testes, mas agora há uma coisa em jogo: a Cura para o vírus que todos eles já contraíram.

Agora os nossos meninos estão prestes a passar por provações e situações ainda mais aterradoras.

Envolvente com ação do início ao fim e aquele toque de suspense que nos leva a querer saber qual será o destino dos personagens, essa é uma leitura que vale a pena e que não deixa o tédio dominar em momento algum.

*

Livro 3 - A Cura Mortal ✩✩✩✩

A partir do Labirinto e de uma série de acontecimentos e novos personagens que vão tomando forma na trama, descobre-se que os Clareanos estão fazendo parte de um experimento para encontrar a cura para o Fulgor: uma doença que leva aqueles que são contagiados à Insanidade.

Aqui a trajetória deles tem um fim.

A linguagem do Dashner continua bem simples e a leitura desse livro (bem como dos 2 anteriores) é rápida e fácil. Juntando isso ao fato de ter tido tiro, porrada e bomba o tempo inteiro, temos um livro que consegue prender a atenção do leitor e criar expectativas do que vai acontecer ao virar de cada página.

No entanto, por mais que eu tenha gostado bastante, confesso que esperava que o final, dessa trilogia tivesse algo de surpreendente; algo que tirasse o meu fôlego por eu nunca ter imaginado e tudo mais. Mas isso não acontece. Não quer dizer que seja ruim por isso. Só que de tão previsível, eu custei a acreditar que terminaria justamente da forma como terminou.

Não me arrependo da leitura. É uma série divertida, que proporciona entretenimento e nos faz ficar até que bem presos, acho que principalmente por causa dos personagens e do relacionamento que eles constroem no decorrer da história.

*

Livro 4 - Ordem de Extermínio ✩✩✩

Nesse quarto volume nos é a presentada a forma como o Fulgor foi espelhado pelo mundo e a história é narrada a partir das impressões de Mark, um adolescente que estava com um amiga (por quem ele era apaixonadinho) dentro de um veículo subterrâneo.

Foi exatamente enquanto estavam em baixo da terra que o mundo é atingido pela chamas solares e é quando tudo desanda.

Ao tentar escapar e sem saber ao certo o que estava acontecendo na superfície, os amigos acabam encontrando Alec, um ex militar, que os "recruta", juntamente com outros, para se juntarem a ele e a Lana, sua amiga também ex militar, para encontrarem um lugar seguro e alto, visto que, com o calor excessivo, em breve haveria uma verdadeira inundação por toda a parte.

Considerações finais:

No geral, a história dessa série é boa e divertida. Não são livros inteligentes, com reflexões profundas e nada do tipo. É para puro entretenimento e os pontos mais marcantes pra mim são: 1) a relação que se dá entre os personagens e 2) o quão animalescos os seres humanos são retratados ao se verem em situação calamitosa e de desesperança e as medidas extremas a que se pode chegar.

Blog recomendado: Leitora Cretina ❤

Oi, poovo!

Vindo aqui rapidinho postar o quanto estou encantada pelo blog da Leitora Cretina. ❤❤❤

Curtiu a arte do cabeçalho daqui? Então não perde tempo e vai dar uma olhada no trabalho incrível que tem por lá!

(clique na imagem para ver outros trabalhos)

A ÚLTIMA GRANDE LIÇÃO, Mitch Albom.

Se você pudesse escolher, como passaria os últimos dias da sua vida?

✩✩✩✩✩ ❤

"- Estar morrendo é apenas uma circunstância triste, Mitch. Viver infeliz é diferente. Muitas das pessoas que me visitam são infelizes.

- Por quê?

- Porque a cultura que temos não contribui para que as pessoas estejam satisfeitas com elas mesmas. Estamos ensinando coisas erradas. E é preciso ser forte para dizer que, se a cultura não serve, não interessa ficar com ela. Que é melhor criar a sua própria. A maioria das pessoas não consegue fazer isso. São mais infelizes do que eu, mesmo na situação em que estou. Posso estar morrendo, mas estou cercado de almas amorosas e dedicadas. Quantos podem dizer o mesmo?"

A Última Grande Lição - O Sentido da Vida, de Mitch Albom,  me impactou muito e me deixou encantada pela simplicidade e pelas verdades nele contidas. Ganhei esse livro há uns bons anos atrás, mas as mensagens que ele trás sempre vêm à tona e, volta e meia, eu me pego folheando as páginas pra me lembrar de certos detalhes.

Fala sobre aproveitar a vida da melhor forma e sobre a importância de dispensar um tempo para demonstrar afeto àqueles que nos cercam e a quem amamos antes que não tenhamos mais tempo/condições para fazê-lo.

É um livro curtinho (dá pra ler em uma sentada), mas incrível em profundidade.

Não vou me demorar muito discorrendo sobre o enredo em si, porque senão vou acabar contando a história inteira, justamente por ter bem poucas páginas (essa edição, tipo pocket, tem pouco mais de 120pgs.). O título original é Tuesdays With Morrie, e trata-se do relato de um eterno aluno sobre um reencontro inesperado com seu professor depois de muitos anos.

Morrie, o professor, sofre de uma doença e usa o que lhe resta do tempo para, dentre outras coisas, ensinar a Mitch o verdadeiro sentido da vida.

Uma história emocionante e que nos faz rever os nossos valores e as nossas prioridades na vida, e obriga a colocarmos numa balança tudo o que nos motiva.

SINOPSE:

Cada um de nós teve na juventude uma figura especial que, com paciência, afeto e sabedoria, nos ajudou a escolher caminhos e olhar o mundo por uma perspectiva diferente. Talvez tenha sido um avô, um professor ou um amigo da família ? uma pessoa mais velha que nos compreendeu quando éramos jovens, inquietos e inseguros. Para Mitch Albom, essa pessoa foi Morrie Schwartz, seu professor na universidade. Vinte anos depois, eles se reencontraram quando o velho mestre estava à beira da morte. Com o contato e a afeição restabelecidos, Mitch passou a visitar Morrie todas as terças-feiras, tentando sorver seus últimos ensinamentos.
Durante quatorze encontros, eles trataram de temas fundamentais para a felicidade e a realização humana. Através das ágeis mãos de Mitch e do bondoso coração de Morrie nasceu esta obra, que nos transmite maravilhosas reflexões sobre amor, amizade, medo, perdão e morte. Com mais de 10 milhões de exemplares vendidos no mundo, este livro foi o último desejo de Morrie e sua última grande lição: deixar uma profunda mensagem sobre o sentido da vida. Transmitida com o esmero de um aluno dedicado, esta comovente história real é uma verdadeira dádiva para o mundo.

DADOS TÉCNICOS:

ISBN-13: 9788575423561

ISBN-10: 8575423568

Ano: 2008 / Páginas: 160

Idioma: Português 

Editora: Sextante

APRESENTAÇÃO: PROJETO NACIONAIS

Para conhecer e prestigiar a nossa rica literatura, resolvi fazer uma série de posts relacionados a livros nacionais e tentar mostrar que escritores brasileiros podem ser tão bons quanto essa massa de autores americanos, ingleses e etc. que vemos por aí e dos quais eu também sou consumidora. 

A proposta é ler e comentar aqui sobre pelo menos um livro por mês (começando em Março/2016 porque eu não tive essa ideia antes) e dê as minhas impressões sobre ele - que é o que já busco fazer normalmente.

Com isso, eu mesma serei "obrigada" a ler mais obras nacionais e a ideia é estimular mais pessoas a fazerem o mesmo e a dar uma chance, tanto para clássicos renomados quanto para contemporâneos; então em breve eu vou escolher uma dessas obras pra poder compartilhar com vocês como foi a experiência.

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1ª obra do Projeto:

   

2ª obra do Projeto:

3ª obra do Projeto:

:)

5 DICAS PARA LER

Muita gente se espanta em saber que eu leio muito e me perguntam como eu faço para ler tantos livros em tão pouco tempo. A resposta pra isso é simples: eu AMO ler (e não é exagero). Sou uma viciada incurável em leitura.

Não tenho hábitos marcantes na hora de ler, exceto a mania de cheirar todos os livros que pego para começar, e às vezes evito ler as orelhinhas e a sinopse também. Dependendo do livro, também não leio aqueles comentários que vemos no início de alguns porque morro de pavor de spoiler e prefiro me surpreender com o enredo.

Mas, se tem uma coisa que eu sempre faço é ler, nem que for dez páginas por dia. E como eu gosto de verdade, ler é algo que não me cansa (desde que o livro seja do meu agrado), então eu não me importo nem um pouco em sentar e ficar horas seguidas acompanhada de um bom livro.

Então, resolvi colocar aqui 5 dicas simples para quem não sabe como desenvolver o hábito de ler e também para quem, por algum motivo, entrou naquela ressaca literária que não quer passar de forma alguma.

1- Leia algo que seja prazeroso pra você.

De nada adianta se lançar de cabeça em clássicos renomados e num tipo de literatura que não faz o seu estilo só porque outras pessoas fazem e dizem que é bom. Bom mesmo é aquilo que te faz bem e esse negócio de preconceito literário (por incrível que pareça é o que mais tem por aí) não está com nada. Se você gosta de Machado de Assis, parabéns! Mas se não gosta... Não tem como se obrigar a gostar, não é mesmo? Então parta pra outra! Ninguém é obrigado a comer tangerina só porque o vizinho tem um pé em casa. Se gosta de jaca, plante um pé e aproveite! O mercado editoral está enorme e o que não nos faltam (graças à Deus!) são opções para todos os gostos, então entre numa livraria e sirva-se à vontade porque, no final das contas, quem tem que sair satisfeito é você.

2-  Não tenha medo de abandonar um livro.

Já sofri muito por ter pena de abandonar livros e vivia me forçando a terminar até aquele que chegava a dar agonia de pegar de tão enfadonho que é. Mas, enfim, estou liberta! Gente, para pra pensar... A vida é tão curta, temos tão pouco tempo atualmente com essa correria que é o dia-a-dia. Por que cargas d'água eu deveria concluir um livro que estou detestando? Não faz sentido. Sou da opinião de que há um momento certo pra tudo na vida, inclusive para determinados livros, então, quando me deparo com um que não está fluindo, simplesmente deixo de lado e vou para a prateleira mais próxima pegar outro. Deixo o que abandonei guardadinho para um outro dia (quem sabe não funciona?) e mergulho em outra história. Decida que não é obrigado a ler algo de que não goste e seja feliz!

3- Leia todos os dias.

Como eu disse no início do post, eu leio todos os dias porque amo ler, mas não foi sempre assim. O meu gosto pela leitura foi trabalhado em mim desde que eu era muito pequena através do exemplo dos meus pais, e principalmente pela minha mãe, que lia pra mim todos os dias e que me incentivava e ia comigo a uma biblioteca volante que existia na praça aqui perto de casa para que eu pudesses escolher o que eu quisesse. E é assim que deve ser. A gente lê melhor quando lê algo que seja do nosso interesse, e ler pelo menos um pouquinho de algo que nos apeteça todos os dias não é nenhum sacrifício, não é mesmo?

4- Navegue em novos mares.

Particularmente, adoro experimentar autores, livros e propostas diferentes. É bom sair da zona de conforto de vez em quando, sem falar que acrescenta muito e enriquece o nossa "bagagem", ampliando as nossas referências. Mas, ao mesmo tempo que isso é bom, pode dar uma desanimada. Geralmente a ressaca literária me ataca quando eu leio algo a que não estou acostumada, como aconteceu recentemente quando eu li O Circo Mecânico Tresaulti, E, para esses casos, eu gosto sempre de ter algo que seja bem clichê pra mim e que eu sei que vou gostar. Geralmente uma leitura leve e que vai me tirar aquela sensação de desconforto que nos impede de embalar em novas livros depois de uma ressaca e isso sempre funciona. Claro que isso vai depender de cada um, mas fica a dica pra quem não sabe como recomeçar a ler - comece com coisas leves pra usar como alavanca.

5- Leia.

Essa é mais óbvia de todas. Para criar hábito de fazer qualquer coisa, desde escovar os dentes à correr 10km dia, a coisa principal a ser feita é tomar a atitude de colocar a mão na massa. Então, mãos à obra e boas leituras!

O MILAGRE, Nicholas Sparks

"Livro de Amorzinho"

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O Milagre fala sobre feridas e como, apesar de tudo, ainda há oportunidades de superação e de acreditar que as coisas podem, sim, ser diferentes.

Jeremy Marsh é um jornalista que investiga, entre outras coisas, eventos e pessoas consideradas paranormais, e seu objetivo é comprovar cientificamente (ou não) as coisas que estão por trás de toda essa paranormalidade - seja por terem alguma explicação natural ou por simples charlatanice de quem se proclama com poderes especiais afim de arrecadar dinheiro com o seu "dom".

Numa viagem para desvendar certas luzes que aparecem em um cemitério decrépito e abandonado numa cidadezinha pequena, ele conhece Lexie Darnell, a bibliotecária da cidade onde ele precisa fazer as pesquisas para obter o material necessário à investigação.

Os dois acabam se envolvendo e precisam expor e deixar de lado os seus traumas do passado para ver se uma relação entre eles seria possível. Além disso, Marsh só está na cidade por poucos dias a trabalho e, depois do que ele descobre sobre as luzes misteriosas, será que ele vai conseguir olhar pra Lexie da mesma forma? E Lexie, vai se arriscar a ter um relacionamento com ele mesmo com todas as dificuldades que se apresentam?

Esse é um romance típico do Nicholas Sparks, daqueles bem água-com-açúcar (que eu, particularmente, amooo). Não consigo ficar sem ler por muito tempo.

Leitura leve, rápida e que deixa quem gosta desse tipo de livro com o coração na mão torcendo pra que tudo dê certo.

Sobre a edição da foto, infelizmente dessa vez a Editora Arqueiro deixou um pouco a desejar no quesito "revisão". Vi muitos erros que me incomodaram bastante ao longo da leitura, mas nada que tenha tirado o meu ânimo.

                 

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SINOPSE:

Jeremy Marsh é um jornalista cético que dedica a vida a investigar e desmentir fenômenos sobrenaturais. Ele está no auge do sucesso, prestes a ir trabalhar na TV, quando recebe uma carta curiosa.
Nela, uma senhora relata a ocorrência de luzes estranhas e fantasmagóricas no cemitério de Boone Creek, uma pequena cidade na Carolina do Norte. Farejando uma boa história, Jeremy sai de Nova York e vai passar uma semana lá.
Quando começa suas investigações, ele conhece a obstinada Lexie Darnell. Responsável pela biblioteca local, ela está determinada a proteger as pessoas e a cidade que tanto ama - e nem um pouco disposta a confiar no forasteiro. Depois de sofrer pelo término de dois relacionamentos, ela tem duas certezas: a primeira é de que seu lugar é em Boone Creek, e a segunda é de que não se pode acreditar num homem tão sedutor quanto Jeremy.
O que ela não imagina é que o jornalista também tem suas feridas. Ele nunca conseguiu superar completamente a dor de seu casamento desfeito e a frustração de saber que jamais poderá ser pai.
Enquanto tenta descobrir a verdade por trás das luzes do cemitério, Jeremy tem que desvendar também os próprios sentimentos e se vê diante de escolhas muito difíceis, entre elas a de voltar para a vida que conhece em Nova York ou fazer algo completamente novo: acreditar.
O milagre é um romance que explora os maiores mistérios de todos: os do coração.

DADOS TÉCNICOS:

ISBN-13: 9788580414011
ISBN-10: 8580414016
Ano: 2015 / Páginas: 288
Idioma: Português 
Editora: Arqueiro